29 de junho de 2011



No hay ningún viaje malo, excepto el que conduce a la horca.
Miguel de Cervantes...

Eu até gosto de viajar, mas não sei se acredito nesta frase. Primeiro porque já tive viagens realmente más, talvez não tão más como o caminho para a forca mas, de qualquer modo, francamente más (e entenda-se que viajar é, sem dúvida nenhuma, o que mais gosto de fazer na vida). Depois, existe a carga semântica da palavra viagem. Quando entendida num sentido mais lato, viagem é muito mais que ir de um sítio ao outro. Vejamos:

viagem
(provençal viatge, do latim viaticum, -i, provisões ou dinheiro para a viagem)
s. f.
1. O acto! de transportar-se de um ponto a outro distante.
2. Mar. Navegação, travessia.
3. Percurso efectuado!.
4. Relação escrita dos acontecimentos ocorridos numa viagem e das impressões que ela causou.
5. Infrm. Estado alucinatório provocado pelo consumo de certas drogas.

Pensando em "percurso efectuado" a vida e todos os momentos que nela vão passando não são mais que viagens dentro da grande viagem e acredito piamente que alguns desses percursos seriam bem mais aliviados se soubéssemos que no fim do caminho estaria a forca.

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