12 de fevereiro de 2008


Estou assim, prostrado, caído de joelhos numa almofada de pregos. Sinto-me vazio, oco, sem um rumo, um destino, uma luz que me guie, uma mão que me puxe ou simplesmente segure a minha.


Estou assim a tentar contemplar um pôr-do-sol à meia noite, a tentar contar as estrelas ao meio dia e sem qualquer vontade de saber o que está para além da minha janela, para além dos meus olhos, para além de mim.


Vazio, oco, sem vontade de ser, de estar ou sentir. Sinto-me mais que sozinho, talvez abandonado, largado, desprezado. Sinto que me corre ar nas veias e que os meus pensamentos adormecem a cada piscar de olhos. Sinto o ronronar da minha gata, os carinhos que me faz e nada me consegue aquecer a alma. Acho que me deixou em paz por uns tempos, acho que realmente sou só corpo e a minha alma, o meu espírito, a minha essência desistiu de um corpo que não a chama para viver.


Sinto-me quase a não me sentir.

3 comentários:

Anónimo disse...

Querido não pode ser, não te podes entregar à dor. O que hoje te parece terrível passará daqui a um tempo a uma breve recordação. Clichés à parte... Levanta-te, ergue a cabeça e vive! A vida tem tanto para nos dar... E nem tudo é mau.

Um beijo muito grande!

Anónimo disse...

É dificil perceber o que sentes, é difícil tentar entrar no teu mundo, com receio de o estar a invadir, de estar a ser inconveniente ou simplesmente que não seja o momento oportuno...
Só agora vi o post e fiquei dilacerado quando o li, porque não sei o que fazer, nem como o fazer. Para além disso sinto-me também eu perdido e frustrado por não me ter apercebido.
Eu tenho todo o conforto que quiseres aceitar, tenho todo o amor que conseguir dar, todo o carinho que souber fazer para ti. Mostra-me como!
Amo-te!
R.C.

Anónimo disse...

Gostei tanto das palavras do R.C. Amei!