Sei que ainda me amas porque sei que ainda procuras o meu cheiro no meio da multidão, e quando algum desconhecido se aproxima, procuras nele o brilho do olhar que perdeste. Sei que ainda me amas pelas horas intermináveis que passas a falar de mim, a contar o que fomos, o que agora sonhas termos sido, pelas comparações absurdas que fazes em cada beijo que recebes, em cada abraço que te aperta, em cada momento de paixão. Sei que ainda me amas pelo desejo de todos os homens que te querem de que me evapore ou me torne em apenas mais uma fotografia rasgada.
Mas não, eu sou muito mais. Sou os carinhos que não te dava e o calor com que te amava, sou o manipulador frio e o amante mais sensível que encontraste! Sou o teu desejo reprimido no medo de errar, na vergonha de pedir, sou o que julgavas sobrar-te e que afinal te completava de uma forma tão subtil.
Sei que ainda me amas pela presença que tenho em ti, pela busca que fazes de mim, até mesmo pelo ódio que por mim nutres. Sei que ainda me amas e eu... bem, eu há muito que deixei de te amar.
Como diria a minha querida amiga Joana... "temos pena...ou não"
3 comentários:
J.P., sabes que estas palavras, ditas deste modo, nunca poderiam ser para ti, não sabes?
Renato, acredito que não sejam para mim estas palávras, mas... se fossem... também não me matavam...
Eu estou bem rapaz e espero que o mesmo bem, sobre ti seja derramado.
Aproveito para me despedir, pois estou numa onda de construir um futuro e não de reviver o passado.
Não farei mais comentários; não há porque faze-los...
Abraço, J.P.
Claro que as palavras não te matavam, mas serias para ti uma desconsideração e tu não mereces isso!
Fazes muito bem em mandar para a frente e não reviver o passado! Força nisso!
Não imaginas como me deixa feliz saber que estás bem.
Mimitos ao Nero!
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