27 de julho de 2007

Sê-me

A noite morna aquece o meu desejo,
Os lençóis frios arrepiam a minha pele,
E todo eu sou calafrios e suores
De desejos ardentes de paixões
E a lua lá fora
Ilumina o meu olhar sobre ti
E desvenda-me o teu corpo
Quieto, frio e adormecido para mim.
Aí, ao meu lado, ficas adormecido
E eu, num desejo cada vez mais morto
E mais vivo para o infinito de uma morte
Que me espera e me alcança
De cada vez que te olho, desejo, anseio.

Acorda para mim, para o meu desejo
Sê-me, tem-me em ti,
Rouba-me a esta morte que me almeja
Salva-me e ama-me
Ama, sim, tem-me, sê-me
E eu te juro, amor
Serei sempre teu
Amar-te-ei, desejar-te-ei
E acordarei sempre da morte fria
Para que juntos fujamos, escapemos
Ou, pelo menos, olvidemos
Esta morte que me trazem a noite morna,
Os lençóis frios,
A minha pele e os arrepios
De este desejo de te ser.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Renato! Já vi que estás bem e fico feliz por i... Olá Renato! Já vi que estás bem e fico feliz por isso. Não entendi bem o porquê de me enviares o teu Blog... Não tenho muito para dizer de novo... Foste um AMOR que marcou o meu coração de forma indelével; nem o tempo, nem a morte, nem nada te apagará de mim enquanto houver neste planeta um vestigio da minha pessoa, mesmo que apenas pó. Foste e serás sempre o Renato que amei; o último. Felicidades. J.