30 de junho de 2011
29 de junho de 2011
27 de junho de 2011
Conversa com uma galega que o mundo tende a achar louca e onde eu encontrei uma amiga ocasional (ainda estou para discernir este termo – amiga ocasional)
Ela: Oye, y ¿cómo está todo ahora? Me pareces mejor, pero uno nunca sabe… ¿Esos problemillas que tenías han pasado?
Eu: Bueno, primero no fueron problemillas, fueron problemas de verdad y luego, nena, pasar nunca pasan, pero la verdad es que me siento mejor, creo que un día todo se arreglará.
Ela: ¿Sabes qué? Para ser feliz tienes dos posibilidades – o cambias la realidad o bajas las expectativas.
Eu: No me jodas… Cambiar la realidad solo si lo dejo todo, si me hago las maletas y me voy a vivir a Argentina. Y bajar las expectativas… ¡ni sé cómo hacerlo!
Ela: Piénsalo… si bajas las expectativas todo de arregla.
Eu: ¿y si no tengo más expectativas que bajar?
Ela: Te jodes y te vas a Argentina a bailar el tango en la acera y vivir de unas monedas que te echen.
Será mesmo verdade? Baixar as expectativas ou mudar a realidade? Tenho pensado nesta conversa frequentemente e, na verdade, faltam-me argumentos que a contraponham!
23 de junho de 2011
Precisava
Precisava que se abrisse uma porta, uma janela, um túnel com uma luz lá bem no fundo. Precisava ser outro porque, sendo quem sou, não preencho os espaços que o passado deixou vazios e completo espaços que não são meus.
Incomodam-me a debilidade dos outros e não suporto fraquezas, talvez porque me julgue forte, talvez porque tenha aprendido a vencer a pulso.
Olho à minha volta e percebo que nunca tive tanto mas percebo, também, que ainda tenho uma vida de conquistas pela frente. Não posso aceitar grilhões a sonhos que me propus, isso nunca… posso apenas deixar tudo em banho-maria. E olhando à minha volta, percebo que tudo o que tenho é nada porque tudo passa a nada quando não se vive inteiramente as conquistas de uma vida.
Precisava que se abrisse uma porta, uma janela, um túnel com uma luz lá bem no fundo e eu pegava na mão de quem amo e fugia para sempre. E se a porta fosse pequena, fundir-nos-íamos num só, se a janela fosse alta, voaríamos juntos e se o túnel fosse longo demais, pegava-te ao colo sempre que te cansasses.
E se se abrisse uma porta, uma janela, um túnel com uma luz lá bem no fundo só precisava de saber que virias comigo.