31 de agosto de 2007
Parto para o "Paraiso" dia 11 de Setembro!
27 de agosto de 2007
Antes que digam "lá está este com a abertura de mais um desenho animado...", e apesar do Dartacão me trazer também algumas memórias de infância, o que importa aqui é a música! Ora, a música deste belo genérico, traz-me à recordação a queima das fitas de 2003 - Porto, onde em todas as noites andou um idiota qualquer agarrado a uma bengala, com uma cartola na carola e, graças ao estado de embriagues permanente (e não só), com um balão azul (era supé fashion - tinha uma sereia desenhada) atado ao pulso esquerdo! E perguntais vós, que não tivestes o prazer de ver o tal idiota em tais estados: "e porque é que esta musica te faz lembrar tudo isso?" Simples, o tal idiota, sempre que ouvia a música do Dartacão (muito em voga naquele ano) parava e começava a cantar e a dançar que nem um possuído! Era uma imagem no mínimo hilariante!
Para as minhas gajas (as primeiras e originais) - Manel, Luísa, Rute, Gui, Sofia, Sandra - o maior beijo do mundo!
P.S. O tal idiota era EU!
Sei que ainda me amas!
21 de agosto de 2007
20 de agosto de 2007
O delírio da espera
Flutuo na incerteza da espera
E lanço sobre o meu corpo inerte
Pétalas de crisântemos esquecidos
Secos em sepulturas de outros amores
Outras mortes
E ao toque da minha pele
Ambos ganhamos vida
Os crisântemos voltam a arder em vermelhos e azuis
E eu volto a arder no meu e no teu
No corpo que aguardo
Nos corpos unidos, húmidos e ardentes de todas as cores
E no delírio da espera
Ressuscito em mim
Cores que fui noutros corpos
Pétalas que sequei noutras mortes
Suores perdidos em leitos enxovalhados
E ressuscito-me a mim
Porque anseio seres em mim
O corpo
A alma
O calor
O abraço
O beijo
O cheiro
O toque
Em que deliro, flutuo e ressuscito.
11 de agosto de 2007
Cheguei ao fim.
Em meu redor param inertes
As arcadas do meu coração
Forradas de uma cor viva
Paradas num tempo
Para todos os tempos
Abri os olhos
Agora sorrio
Sinto-me feliz
Um pouco desconfortável, mas feliz
Eu morri.
E grito às almas que convidam a minha
À festa do infinito:
Levem-me ao descanso eterno
Levem-me á tormenta eterna
Mas não me deixem num mundo
Que não ouve o que digo
Que não se arrepia com os meus gritos
Que não olha para mim…
Que não viu que morri!
6 de agosto de 2007
O fim do teu amor
Do olhar morto que me deitaste
E tudo eu sou trevas e maus agouros
Todo eu esmoreço e desmaio
E caio na profunda languidez
Da certeza de não me amares como amaste
Tento beijar-te uma última vez
E os teus lábios encostados aos meus
Secos, quietos, sem vida
Atiram-me ao pranto seco do abandono
Já não sou teu
Já não estremeces nos meu braços
E as lágrimas que me humedecem o rosto
São para ti lágrimas de um estranho
De quem não entendes a dor
É tua esta dor
É teu este abandono
E teu este sofrimento
São tuas estas lágrimas
Porque foste tu que os ergueste
Nos alicerces de um amor que mataste
Um amor que julgava eterno
Que me juraste verdadeiro
Serei para sempre teu
Foi nos teus braços que me construí
E nos meus que te entregaste
Em tudo fomos um
E um eram o teu e o meu amor
E ainda que tudo tenhas enterrado
Continuas a ser um pedaço de mim
Perdido naquele desmaio, naquela morte
O fim do nosso amor.